
Isso é uma verdade, não muito apreciada, porque a aceitação deste fato, me obriga a perder o controle sobre minhas atitudes, afinal eu tenho consciência de que me tornei, ou pelo menos tentei ser, o que vi de bom no meu pai, o oposto daquilo que vi de ruim na minha mãe, tudo que achei bonito fora de casa e aquilo que escolhi imaginar.
Claro que a minha imaginação transformou minha maneira de ver o mundo e as pessoas, ou talvez, tudo isso tenha sido modelado para eu poder enxergar o universo da forma como o faço. Em verdade isso não faz a menor diferença, pois minha mente dá voltas enormes em todas as dimensões e une os pontos como se houvesse lógica, como se as coisas realmente fossem feitas da mesma matéria e que a energia fosse só um estágio.
Quando criança passava horas imaginando coisas, um exercício delicioso aprendido com a boneca de pano tagarela do Monteiro Lobato. Depois de adulta, não perdi o costume e deixo que as imagens se formem diante de meus olhos, brilhantes como em um filme do George Lucas, densas como Blade Runner e com trilha sonora do Paul Williams (não do Swan!).
Conforme fui crescendo a trilha sonora foi se aperfeiçoando, ela saiu das músicas “da moda” e passou pros meus clássicos pessoais, aqueles que me fazem ir da mais pura felicidade ao fundo do poço em um acorde. A música muda meu humor e não importa pra que lado ele se dirija, prefiro que seja com Rock!
O filme “A Knight´s Tale”, apesar de ambientado na Idade Média tem trilha sonora de Roqueira. Tudo bem, confesso que assisti ao filme inicialmente por causa do James Purefoy, mas a cena de dança de salão ao som de "Golden Years" do David Bowie, é o exemplo perfeito da adaptabilidade do rock a todo e qualquer momento da existência do ser humano. Tem algo universalmente atemporal no rock’n roll, ele seduz! E o que dizer então da voz do Bowie?!
Mas não precisa ter imagem, ouvir um violoncelo no período pós Apocalyptica é muito diferente de Bach e Zappa sabe o quanto eu gosto de cello, é um instrumento esplendido! Já o violino é um exemplo de instrumento sentimental, com ele você vai conhecer Hades, e nesse momento escolha se prefere ouvir "As Quatro Estações" de Vivaldi ou "The Kill" do 30 Seconds to Mars... Lindo né! Ok, o Jared Leto é perfeito (não, é quase!)
Irrealidades a parte, imagem é som, e este tem movimento, que muda o sentido das coisas, aumentando o número de cordas desse Universo.
.........................................................£ivia Ulian
Obs.: meu instrumento é o piano, pois é mais difícil de levar na barca!
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