Estrelas Fixas

Definição:

• Estrelas fixas são astros que, ao contrário dos planetas, parecem manter posições relativamente constantes umas em relação às outras no céu noturno ao longo do tempo.
• Na astronomia antiga, acreditava-se que elas estavam fixas em uma esfera celeste distante (a "esfera das estrelas fixas"), enquanto os planetas ("estrelas errantes") se moviam em órbitas diferentes.

Características:

• Distância: Estão extremamente distantes da Terra, por isso seu movimento aparente é quase imperceptível em escalas de tempo humanas.
• Constelações: Formam padrões reconhecíveis (constelações) que eram usados para navegação, calendários e mitologia.
• Movimento Lento: Na verdade, as estrelas se movem (movimento próprio), mas apenas em escalas de tempo muito longas (ex.: mudanças nas constelações em milênios).

Importância Histórica:

• Na astronomia antiga (como no modelo geocêntrico de Ptolomeu), a esfera das estrelas fixas era considerada o limite do universo.
• Na astrologia tradicional, algumas estrelas fixas (como Sirius, Aldebarã e Regulus) eram associadas a influências específicas.

Descobertas Modernas:

• Hoje sabemos que as estrelas não são fixas, mas estão em movimento dentro da Via Láctea.
• A estrela com maior movimento próprio visível a olho nu é Barnard (na constelação de Ophiuchus).

Exemplos Notáveis:

• Sirius (a mais brilhante do céu noturno).
• Polaris (estrela do Norte, usada para navegação).
• Betelgeuse e Rigel (na constelação de Órion).

Curiosidade:

O termo "fixas" é uma herança da antiguidade, mas hoje sabemos que até as estrelas se movem — algumas podem até escapar da galáxia!

Astrologia: Influência e Interpretação

Na astrologia, as estrelas fixas são consideradas fontes de influências poderosas e específicas, muitas vezes associadas a destinos marcantes, talentos excepcionais ou eventos dramáticos. Diferentemente dos planetas, que representam processos dinâmicos e ciclos, as estrelas fixas carregam um simbolismo mais arquetípico e "fixo" — como temas cármicos ou dons inatos.

Como são Usadas na Astrologia?

• Conjunções: A influência de uma estrela fixa é mais forte quando um planeta ou ângulo importante (como o Ascendente ou MC) está em conjunção com ela (geralmente num orbe de até 1°–2°).
• Magnitude e Natureza: Estrelas brilhantes (como Sirius ou Regulus) têm efeitos mais pronunciados. Cada uma tem um significado tradicional, muitas vezes ligado a mitos ou observações antigas.
• Constelações e Signos: Embora a astrologia ocidental use o zodíaco tropical (baseado nas estações), algumas escolas consideram a posição original das estrelas nos signos sidéreos.

Estrelas Fixas Importantes e Seus Significados

Algumas das estrelas fixas mais estudadas na astrologia incluem:

a) Regulus (α Leonis)

• Posição: ~29°50’ de Leão (atualmente migrou para Virgem devido à precessão).
• Influência:
• Positiva: Nobreza, honra, sucesso, liderança ("a estrela dos reis").
• Negativa: Arrogância, queda repentina se mal aspectada.
• Exemplo: Conjunção com o Sol ou MC pode indicar fama ou autoridade.

b) Sirius (α Canis Majoris)

• Posição: ~14° de Câncer.
• Influência:
• Positiva: Brilho, reconhecimento, proteção espiritual (associada a Ísis/Anúbis).
• Negativa: Dogmatismo ou perigos ligados a água/fogo se afligida.

Aldebarã (α Tauri)

• Posição: ~9° de Gêmeos.
• Influência:
• Positiva: Coragem, perseverança ("o olho do Touro").
• Negativa: Violência ou teimosia extrema.

Antares (α Scorpii)

• Posição: ~9° de Sagitário.
• Influência:
• Positiva: Paixão, força de vontade.
• Negativa: Destrutividade, riscos físicos (é a "rival de Marte").

Algol (β Persei)

• Posição: ~26° de Touro.
• Influência:
• A mais "maléfica" das estrelas fixas, associada a decapitação (mito de Medusa). Pode indicar crises, violência ou manipulação.

Técnicas de Interpretação

• Astrologia Mundana: Estrelas fixas são usadas para prever eventos coletivos (ex.: conjunções com planetas lentos como Saturno ou Plutão).
• Astrologia Natal: Se um planeta pessoal (Sol, Lua, Mercúrio, etc.) está conjunto a uma estrela fixa, seu tema pode ser central na vida da pessoa.
• Astrologia Horária: Indicações sobre o desfecho de situações (ex.: Algol em conjunção com a Lua pode sugerir perigo).

Controvérsias e Cuidados

• Precessão: Muitas estrelas "migraram" de signo devido ao movimento da Terra (ex.: Regulus já não está em Leão no zodíaco tropical). Alguns astrólogos ignoram isso, outros ajustam.
• Subjetividade: Seu uso varia entre tradições (ex.: astrologia árabe vs. helenística).
• Intensidade: Se mal aspectadas, podem trazer crises irreversíveis; se bem posicionadas, dons únicos.

Exemplo Prático

• Princesa Diana: Tinha Júpiter conjunto a Regulus (sugerindo seu status real, mas também a queda dramática).
• Nikola Tesla: Urano conjunto a Sirius (gênio inovador com conexões "alienígenas").

Numerologia Pitagórica: Número 5

Essência e Simbolismo

O número 5 representa liberdade, mudança, aventura e versatilidade. Na numerologia pitagórica, ele é o símbolo da curiosidade, do dinamismo e da busca por experiências novas. Associado ao planeta Mercúrio, o 5 traz energia comunicativa, adaptabilidade e um espírito inquieto.

Características Principais

 Aventureiro e livre: ama explorar, viajar e experimentar o novo.

Comunicativo e sociável: tem facilidade para conectar-se com pessoas e ideias.

Versátil e adaptável: lida bem com mudanças e imprevistos.

Inquieto e impulsivo: pode ser impaciente e ter dificuldade com rotina.

Cor: Azul Celeste e Turquesa tons que refletem sua liberdade, comunicação e adaptabilidade.

Desafios do Número 5

·         Dispersão: tendência a começar muitas coisas sem concluí-las.

·         Instabilidade emocional: busca constante por estímulos pode levar à superficialidade.

·         Dificuldade com compromissos longos: pode evitar responsabilidades fixas.

Na Vida Prática

Se o 5 aparece com frequência, pode ser um chamado para:

·         Abraçar mudanças e sair da zona de conforto.

·         Equilibrar liberdade com responsabilidade.

·         Usar a comunicação de forma produtiva.

Conclusão

O número 5 é a energia da transformação e da vida em movimento. Quem vibra com ele deve aprender a canalizar sua inquietação para crescimento, sem perder o foco. Quando bem equilibrado, torna-se um agente de inovação e liberdade no mundo.

Motto do 5: "Liberdade com propósito!"

Sal

A Essência Purificadora da Terra

O Sal na História Mágica e Religiosa

O sal é um dos elementos mais poderosos e universais, presente em rituais desde a antiguidade:

• Antigo Egito: Usado em oferendas aos deuses e no processo de mumificação para conservação e purificação.
• Tradição Judaica: O "Pacto de Sal" (Números 18:19) simboliza aliança eterna. Também usado para proteger contra o mau-olhado.
• Cristianismo: Empregado no batismo (símbolo de sabedoria e incorruptibilidade) e para exorcismos.
• Xamanismo e Bruxaria: Utilizado em círculos de proteção, banhos de limpeza energética e para afastar espíritos malignos.
• Cultura Japonesa: O sal (shio) é usado para purificar espaços, como em sumô e restaurantes (mori-shio).

Por que o Sal é um Instrumento Mágico?

• Purificador: Neutraliza energias negativas e quebra feitiços.
• Conservador: Simboliza permanência, durabilidade e integridade (daí o termo "sal da terra").
• Protetor: Cria barreiras contra influências malignas (ex.: sal nas entradas das casas).
• Condutor Energético: Amplifica intenções em feitiços e rituais.

Elemento e Simbolismo

• Elemento Primário: Terra (por sua origem mineral e propriedades de estabilidade).
• Elemento Secundário: Água (quando dissolvido, torna-se um líquido condutor de energia).
• Planeta Regente: Saturno (limpeza, proteção, estrutura) e Lua (purificação emocional).

Usos Mágicos do Sal

• Proteção:
• Linhas de Sal: Colocado em portas, janelas e cantos da casa para bloquear energias negativas.
• Pequenos Amuletos: Saquinhos com sal grosso para carregar ou colocar sob o travesseiro.
• Purificação:
• Banhos de Sal: Misturado com ervas para limpeza espiritual (ex.: sal marinho + alecrim).
• Limpeza de Objetos: Esfregar cristais ou ferramentas mágicas com sal para descarregar energias.
• Consagração de Espaços: Usado em círculos mágicos para criar um ambiente sagrado e protegido.
• Feitiços e Rituais:
• Sal na Culinária Mágica: Alimentos temperados com sal consagrado trazem proteção e saúde.
• Sal no Fogo: Jogar sal em chamas para afastar más influências (tradição cigana e europeia).

Correspondências Mágicas

• Tipos de Sal e Seus Usos:
• Sal Grosso: Poderoso para limpeza e proteção.
• Sal Marinho: Ligado às energias da água e da Lua, ideal para purificação emocional.
• Sal Rosa do Himalaia: Equilíbrio energético e cura.
• Cores: Branco (pureza), rosa (cura), preto (proteção, como o sal negro em algumas tradições).
• Deuses e Divindades Associados:
• Salus (deusa romana da saúde), Geb (deus egípcio da Terra), Deméter (deusa grega da agricultura).

O Sal no Folclore e Superstições

• Evitar o Azar:
• Jogar sal sobre o ombro esquerdo para neutralizar má sorte (tradição europeia).
• Nunca emprestar sal, pois pode levar embora a prosperidade da casa.
• Fertilidade e Prosperidade:
• Em algumas culturas, o sal é colocado nos cantos dos campos para garantir boa colheita.

Conclusão

O sal é a essência da Terra e um escudo espiritual — um dos mais antigos e poderosos instrumentos mágicos. Sua presença em rituais transcende culturas, sempre como símbolo de pureza, proteção e transformação.

"Que o sal guarde teu caminho, purifique tua alma e afaste as sombras." 

 Dica Prática: Para uma limpeza rápida, misture sal grosso com água e borrife pela casa, ou tome um banho com sal marinho e ervas antes de rituais importantes

O Hierofante

CARTA 5 DO TAROT DE CROWLEY 

FUNDAMENTOS

• Nome no Tarot de Crowley: "O Hierofante" (também chamado de "O Sacerdote" ou "O Papa" em outros baralhos).
• Número: V (5)
• Astrologia: Touro (regido por Vênus, mas com energia diferente da Imperatriz).
• Elemento: Terra (estabilidade, tradição).
• Caminho na Árvore da Vida: Liga Chesed (Misericórdia) a Chokmah (Sabedoria).

SIMBOLOGIA E IMAGEM (BARALHO THOTH)

• Figura Central: Um Hierofante (mestre dos mistérios) sentado em um trono entre duas colunas (similar à Alta Sacerdotisa, mas com abordagem ativa).
• Touro Alado: Símbolo de Touro (força material) com asas (espiritualidade), representando a elevação do físico ao divino.
• Cetro Triplo: Poder sobre os três planos (físico, mental e espiritual).
• Glifo da Luz: Iluminação transmitida através do conhecimento oculto.
• Elefantes: Sob o trono, simbolizando memória ancestral e sabedoria arraigada.

SIGNIFICADOS PRINCIPAIS

A. Sentido Positivo (Direita):

• Sabedoria Tradicional: Ensino, doutrinas, escolas de mistérios e iniciação espiritual.
• Mentores e Guias: Presença de professores, sacerdotes ou figuras que transmitem conhecimento sagrado.
• Estrutura Religiosa/Ética: Respeito a dogmas, rituais e sistemas de crença organizados.
• Casamento Sagrado: União de opostos (símbolo alquímico).

Sentido Negativo (Invertido):

• Dogmatismo: Rigidez mental, fanatismo ou manipulação por instituições.
• Falta de Originalidade: Seguir regras cegamente, sem questionar.
• Hipocrisia Religiosa: Moralidade falsa ou abuso de autoridade espiritual.

INTERPRETAÇÕES PRÁTICAS

• No Amor: Pode indicar um relacionamento tradicional ou a necessidade de compromisso sério. Cuidado com expectativas rígidas.
• Na Carreira: Sugere aprendizado com mentores ou carreiras em educação, religião ou filosofia. Invertido: burocracia excessiva.
• Espiritualidade: Chamado para estudar tradições antigas ou buscar um mestre. Invertido: crise de fé ou rebeldia contra sistemas.

CROWLEY X TAROT TRADICIONAL

• Diferença Chave: No Tarot de Crowley, o Hierofante não é apenas um "Papa" católico, mas um iniciador nos mistérios ocultos (influência da Golden Dawn).
• Ligação com o Mago: Se o Mago (I) é o poder individual, o Hierofante (V) é o poder grupal/coletivo.

FRASE-CHAVE DE CROWLEY

"O Hierofante é a voz da Lei, não a lei em si."
(Reflete que a verdade espiritual deve ser experienciada, não apenas ensinada.)

FINALMENTE

O Hierofante é a ponte entre o humano e o divino, mas alerta: a verdadeira sabedoria está além das instituições. Ele convida ao equilíbrio entre tradição e liberdade interior.

Asuras

Os Poderosos Antagonistas da Mitologia Hindu e Védica

Os asuras são seres mitológicos complexos, presentes principalmente na mitologia hindu, mas também em tradições budistas e indo-iranianas (como os ahuras do Zoroastrismo). Sua natureza varia entre divindades poderosas, demônios ou antideuses, dependendo do contexto religioso e época.

1. Origem e Evolução do Conceito

• Período Védico (1500–500 a.C.):
• Originalmente, os asuras eram deuses poderosos associados à ordem cósmica (ṛta).
• Varuna (deus dos oceanos e leis) e Mitra (deus dos contratos) eram chamados de asuras.
• Nesta fase, devas (como Indra) e asuras não eram inimigos, mas categorias diferentes de divindades.
• Período Pós-Védico (Purânico, a partir de 500 a.C.):
• Os asuras tornam-se antagonistas dos devas, representando o caos, a arrogância (ahamkara) e a materialidade.
• Passam a ser vistos como demônios ou titãs que desafiam os deuses.

2. Características dos Asuras

• Poderes:
• Capacidade de ilusionismo (māyā), mudança de forma e imensa força.
• Alguns possuem bênçãos de Brahma que os tornam quase invencíveis.
• Personalidade:
• Orgulho excessivo (dambha), desejo de poder e rebeldia contra a ordem divina.
• Alguns são sábios (como Prahlada, devoto de Vishnu), mas a maioria é violenta.
• Habitat:
• Vivem em Pātāla (os mundos subterrâneos), mas alguns governaram o céu (como Bali).

3. Asuras Famosos na Mitologia Hindu

Nome	História
Hiranyakashipu	Pai de Prahlada, foi morto por Narasimha (avatar de Vishnu) por perseguir devotos.
Mahishasura	Demônio-búfalo derrotado pela deusa Durga.
Ravana	Rei de Lanka (do Ramayana), sequestrou Sita e foi morto por Rama.
Bali	Asura bondoso que conquistou os três mundos, mas foi enganado por  Vamana (avatar anão de Vishnu).
Vritra	Serpente-dragão que secou os rios, morta por  Indra com o Vajra (raio).

4. Asuras no Budismo e Outras Culturas

• Budismo:
• São seres do reino dos deuses invejosos (asura-loka), sempre em conflito com os devas.
• Simbolizam a luta interna contra o ego e a agressividade.
• Zoroastrismo (Pérsia Antiga):
• Ahuras (como Ahura Mazda) são deuses da luz, enquanto os daevas (equivalentes aos devas) são malignos.
• Aqui, ocorre uma inversão do conceito hindu.

5. Simbolismo dos Asuras

• Lado Sombrio da Humanidade: Representam ego, luxúria, poder desmedido e rebeldia contra o divino.
• Papel no Dharma: Suas batalhas com os devas ilustram a luta entre luz e escuridão, ordem e caos.
• Lições Espirituais:
• Hiranyakashipu → O perigo do orgulho extremo.
• Prahlada → A devoção supera até a maldade.

6. Comparação com Outras Mitologias

Mitologia	Equivalentes aos Asuras
Grega	Titãs (como Cronos)
Nórdica	Jotuns (gigantes)
Cristã	Anjos caídos (Lúcifer)

Conclusão

Os asuras são figuras ambíguas — em alguns contextos, são sábios; em outros, monstros. Suas histórias ensinam sobre humildade, devoção e o equilíbrio entre poder e moralidade.

"Os asuras lembram que mesmo os mais fortes caem quando a ambição supera a sabedoria."

Era de Câncer

(c. 8.000 – 6.000 a.C.)

Características Principais

A Era de Câncer, associada ao signo astrológico de Câncer, é simbolicamente ligada aos conceitos de lar, família, proteção e comunidades fixas. Nesse período, a humanidade começou a estabelecer assentamentos mais permanentes, desenvolvendo estruturas sociais e culturais centradas na vida em grupo.

Contexto Histórico e Científico

• Transição do Paleolítico para o Neolítico: Período marcado pela gradual adoção da agricultura e domesticação de animais (Revolução Neolítica).
• Sedentarização: As primeiras comunidades fixas surgiram, abandonando parcialmente o nomadismo.
• Tecnologias emergentes: Uso de ferramentas de pedra polida, cerâmica e técnicas primitivas de cultivo.

Clima e Geologia

• Fim da última Era Glacial: O clima tornou-se mais quente e estável, permitindo o desenvolvimento da agricultura.
• Aumento do nível do mar: Degelo contribuiu para a formação de lagos e rios, influenciando a escolha de locais para assentamentos.
• Solos férteis: Regões como o Crescente Fértil (Mesopotâmia) tornaram-se propícias para plantio.

Humanidade e Cultura

• Vida comunitária: Surgimento das primeiras aldeias, com estruturas de habitação simples (cabanas de barro, madeira e pedra).
• Arte e simbolismo: Objetos cerimoniais, estatuetas femininas (associadas à fertilidade) e pinturas rupestres evoluíram.
• Organização social: Hierarquias baseadas em lideranças familiares ou xamânicas.

Expansão e Migrações

• Fixação próxima a rios e lagos: Comunidades se estabeleceram perto de fontes de água para agricultura e pesca.
• Migrações reduzidas: Com a sedentarização, os deslocamentos tornaram-se menos frequentes, exceto por trocas e conflitos entre grupos.
• Difusão cultural: Técnicas agrícolas e cerâmicas se espalharam por regiões vizinhas.

Espiritualidade e Crenças

• Culto à fertilidade e à Mãe Terra: Divindades femininas associadas à agricultura e reprodução ganharam destaque.
• Rituais de proteção: Práticas mágico-religiosas para garantir colheitas e segurança do grupo.
• Ancestralidade: Sepultamentos indicam crenças em vida após a morte e veneração aos antepassados.

Conclusão

A Era de Câncer representou um período crucial na história humana, marcado pela transição para a vida sedentária e o fortalecimento de laços comunitários. Seu legado influenciou o desenvolvimento das primeiras civilizações, estabelecendo as bases para a organização social e espiritual das culturas futuras.

Dias e Deuses

Fiquei pensando nos dias da semana e nos deuses e astros associados e cheguei a conclusão previa que são sempre com a mesma ideia. Veja todos que consegui pensar e levantar:

Origem Babilônica e Romana (Latim)

Os romanos batizaram os dias da semana em homenagem a corpos celestes (associados a deuses):

• Domingo (Dies Solis): Dia do Sol (deus Sol Invictus).
• Segunda-feira (Dies Lunae): Dia da Lua (deusa Luna).
• Terça-feira (Dies Martis): Dia de Marte (deus da guerra).
• Quarta-feira (Dies Mercurii): Dia de Mercúrio (mensageiro dos deuses).
• Quinta-feira (Dies Iovis): Dia de Júpiter (deus do trovão).
• Sexta-feira (Dies Veneris): Dia de Vênus (deusa do amor).
• Sábado (Dies Saturni): Dia de Saturno (deus da agricultura).

Nomes adaptados para línguas latinas

 Influência Nórdica/Germânica (Inglês, Alemão, Escandinavos)

Os povos germânicos substituíram os deuses romanos por suas divindades equivalentes:

• Sunday (Domingo): Dia do Sol (Sun).
• Monday (Segunda): Dia da Lua (Moon).
• Tuesday (Terça): Tyr (deus nórdico da guerra, equivalente a Marte).
• Wednesday (Quarta): Woden (deus supremo nórdico, associado a Mercúrio).
• Thursday (Quinta): Thor (deus do trovão, equivalente a Júpiter).
• Friday (Sexta): Frigga/Freya (deusa do amor, equivalente a Vênus).
• Saturday (Sábado): Saturno (mantido do latim) – apesar disso a associação deste dia é com as Nornes (três deusas anciãs que tecem o destino dos homens e dos deuses. )

Exemplo em alemão:

• Dienstag (Terça) → Tyr.
• Donnerstag (Quinta) → Donar (Thor).

Cultura Hindu (Índia)

Na Índia, os dias também são ligados a deuses e planetas (Navagrahas):

• Raviwar (Domingo): Ravi (deus Sol, Surya).
• Somwar (Segunda): Soma (deus Lua, Chandra).
• Mangalwar (Terça): Mangala (Marte, associado a Kartikeya).
• Budhwar (Quarta): Budha (Mercúrio, associado a Vishnu).
• Guruwar/Brihaspatiwar (Quinta): Brihaspati (Júpiter, guru dos deuses).
• Shukrawar (Sexta): Shukra (Vênus, associado à deusa Lakshmi).
• Shaniwar (Sábado): Shani (Saturno, deus do karma).

Japão (Sistema Lunisolar)

Os japoneses usaram um sistema chinês baseado nos cinco elementos + Sol/Lua:

• 日曜日 (Nichiyōbi): Dia do Sol.
• 月曜日 (Getsuyōbi): Dia da Lua.
• 火曜日 (Kayōbi): (fogo, associado a Kagutsuchi).
• 水曜日 (Suiyōbi): (água, associado a Suijin).
• 木曜日 (Mokuyōbi): (espirito das árvores, associado a Kukunochi-kami).
• 金曜日 (Kin’yōbi): (metal, associado a Kanayago-kami).
• 土曜日 (Doyōbi): (deus do Ano, associado a Ōtsuchi-no-kami).

Cultura Árabe (Pré-Islâmica)

Antes do Islã, os dias eram associados a fenômenos naturais ou deuses, mas o Islã abandonou associações politeístas, mas alguns nomes refletem contagens ordinais.

O Islã rejeita o politeísmo pré-islâmico, mas reconhece sua existência histórica

Os nomes dos dias da semana em árabe não têm origem politeísta

• الأحد (Al-Ahad, Domingo): "O Primeiro" (não associado a divindades).
• الاثنين (Al-Ithnayn, Segunda): "O Segundo".
• الثلاثاء (Al-Thulatha, Terça): "O Terceiro".
• الأربعاء (Al-Arba'a, Quarta): "O Quarto".
• الخميس (Al-Khamis, Quinta): "O Quinto".
• الجمعة (Al-Jumu'ah, Sexta): Dia da reunião (oração islâmica).
• السبت (Al-Sabt, Sábado): Descanso (origem judaica, Shabbat).

Mitologia Grega

Os gregos antigos usavam nomes semelhantes aos romanos, com seus próprios deuses:

• Hemera Heliou (Domingo): Dia do Sol (Hélio).
• Hemera Selenes (Segunda): Dia da Lua (Selene).
• Hemera Areos (Terça): Dia de Ares (Marte).
• Hemera Hermou (Quarta): Dia de Hermes (Mercúrio).
• Hemera Dios (Quinta): Dia de Zeus (Júpiter).
• Hemera Aphrodites (Sexta): Dia de Afrodite (Vênus).
• Hemera Kronou (Sábado): Dia de Cronos (Saturno).

Cultura Chinesa

Na China, os dias eram originalmente numerados, mas também associados a elementos e planetas:

• 星期日 (Xīngqīrì, Domingo): Dia do Sol.
• 星期一 (Xīngqīyī, Segunda): "Primeiro dia".
• 星期二 (Xīngqī’èr, Terça): "Segundo dia" (associado a Marte/Fogo).
• 星期三 (Xīngqīsān, Quarta): "Terceiro dia" (Mercúrio/Água).
• 星期四 (Xīngqīsì, Quinta): "Quarto dia" (Júpiter/Madeira).
• 星期五 (Xīngqīwǔ, Sexta): "Quinto dia" (Vênus/Metal).
• 星期六 (Xīngqīliù, Sábado): "Sexto dia" (Saturno/Terra).

Padrão Comum

A maioria das culturas associa:

• Domingo/segunda: Sol/Lua.
• Terça: Deuses da guerra (Marte, Tyr, Ares).
• Quarta: Deuses mensageiros (Mercúrio, Odin, Hermes).
• Quinta: Deuses do trovão (Júpiter, Thor, Zeus).
• Sexta: Deusas do amor (Vênus, Freya, Afrodite).
• Sábado: Saturno (ou descanso, como Shabbat).

Essas ligações mostram como astronomia, mitologia e religião moldaram a forma como medimos o tempo até hoje.