06 de Fevereiro - Dia de Afrodite
Afrodite e Ares
Afrodite, a deusa do amor e da beleza, era casada com Hefesto, o habilidoso deus do fogo e da metalurgia. No entanto, seu casamento era mais uma união de conveniência do que de paixão (aliás, conveniência de Zeus, que a entregou a Hefesto como prêmio por serviços prestados). Hefesto, embora brilhante em sua arte, era coxo e desajeitado, enquanto Afrodite era a personificação da graça e do desejo. Não demorou para que ela se sentisse atraída por Ares, o impetuoso deus da guerra, cuja força e virilidade eram lendárias.
Ares, por sua vez, sempre foi fascinado pela irresistível Afrodite, e, entre espelhos dourados, rosas e estandartes conquistados, um amor secreto surgiu. Eles se encontravam em lugares escondidos, longe dos olhos de Hefesto e dos outros deuses. O fogo da paixão entre eles ardia, e, com dois seres tão intensos, era praticamente impossível disfarçar.
Hefesto, embora muitas vezes ridicularizado por sua aparência, era extremamente inteligente e astuto. Ele começou a suspeitar da infidelidade de Afrodite quando notou suas ausências frequentes e os sussurros e olhares dissimulados. Determinado a descobrir a verdade, ele usou sua habilidade como ferreiro divino para criar uma armadilha engenhosa: uma rede feita de fios de bronze tão finos que eram praticamente invisíveis, mas incrivelmente resistentes. Ele a colocou na cama de Afrodite, oculta sob os lençóis, e esperou.
Naquela noite, enquanto Afrodite e Ares “namoravam”, acreditando estarem a salvo de olhares indiscretos, a armadilha foi acionada. No auge de sua paixão, a rede mágica se fechou ao redor deles, prendendo-os em um abraço enroscado, impossibilitando-os de se mover. Quanto mais lutavam, mais unidos ficavam.
Hefesto, ouvindo os gritos de surpresa e frustração, entrou no quarto com um sorriso de satisfação (será?!). Ele não só havia capturado os amantes, mas também planejara uma vingança pública. Ele convocou os outros deuses do Olimpo para testemunhar a cena. Um a um, eles chegaram: Zeus, Hera, Atena, Apolo, Hermes, enfim... A cena era ao mesmo tempo cômica e constrangedora. Os deuses riam, zombavam e invejavam Ares e Afrodite, presos em sua própria rede de desejo.
Ares, furioso, gritava por liberdade, enquanto Afrodite tinha os olhos cheios de lágrimas de impotência. Hefesto, no entanto, não estava disposto a libertá-los tão facilmente. Ele exigiu que Zeus interviesse e garantisse que ele seria compensado por sua humilhação (causada por ele mesmo). Zeus, embora divertido com a situação, concordou que Hefesto tinha direito a uma reparação.
Finalmente, após muita negociação e promessas, Hefesto concordou em libertar os amantes. Ares se dirigiu ao campo de batalha para descontar sua raiva e recuperar sua honra. Afrodite, por sua vez, retornou a Chipre, onde se banhou nas águas do mar para abrandar a humilhação.
Apesar do constrangimento público, o amor proibido entre Afrodite e Ares não terminou. Eles continuaram a se encontrar em segredo, agora mais cautelosos, mas ainda incapazes de resistir à atração que os unia.
Quem conta um conto... tem sua própria visão dos acontecimentos!!!
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