quinta-feira, 24 de abril de 2025

A Lua como Espelho da Humanidade - Cientificismo

 

No Renascimento, a Lua Deixou de Ser um Mistério – tornou-se um Problema Matemático a ser resolvido

Entre telescópios e grimórios, entre cálculos e horóscopos, a Lua do século XVI e XVII era um mundo cheio de crateras e montanhas, sujeita às leis da gravidade, assim como nós e também um refúgio para astrólogos.

O Fim da Lua Perfeita: Em 1610, Galileu apontou seu telescópio para a Lua e viu Montanhas mais altas que os Alpes e Crateras como cicatrizes. Seu desenho da Lua no Sidereus Nuncius mostrou um corpo rochoso, e não uma esfera divina e lisa.

A Reação da Igreja (que também não queria a ciência dando seus palpites antes dela própria) tentou revidar acusando os olhos de Galileu, mas seus desenhos enterravam o cosmos perfeito de Ptolomeu.

Kepler e Newton por sua vez lhe puseram bridias:

  • Johannes Kepler descobriu que a Lua seguia elipses, não círculos perfeitos
  • Isaac Newton mostrou que ela era uma pedra gigante presa por gravidade como uma maça
  • Para os cientistas, a Lua agora era um relógio celestial


Os Últimos Magos Lunares: a
strônomos que ainda liam o Céu como um Livro de Magia

  • John Dee, astrólogo da rainha Elizabeth I, usava a Lua para:
    • Prever o destino da Inglaterra
    • Conversar com anjos (em noites de Lua Cheia)
  • Seu livro "De Heptarchia Mystica" misturava cálculos orbitais com invocações

Paradoxal

Enquanto Galileu media crateras:

  • Camponeses plantavam pelas fases da Lua
  • Reis ainda consultavam horóscopos lunares

No Renascimento, a Lua se tornou um objeto de estudo para os cientistas, um oráculo para os últimos magos e um baita problema para a Igreja que até hoje não sabe de que lado ficar.

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