No Renascimento, a Lua Deixou de Ser um Mistério – tornou-se um Problema Matemático a ser resolvido
Entre telescópios e
grimórios, entre cálculos e horóscopos, a Lua do século XVI e XVII era um mundo
cheio de crateras e montanhas, sujeita às leis da gravidade, assim como nós e
também um refúgio para astrólogos.
O Fim da Lua
Perfeita: Em 1610, Galileu apontou seu telescópio para a
Lua e viu Montanhas mais altas que os Alpes e Crateras como cicatrizes. Seu
desenho da Lua no Sidereus Nuncius mostrou um corpo rochoso, e
não uma esfera divina e lisa.
A Reação da Igreja (que
também não queria a ciência dando seus palpites antes dela própria) tentou
revidar acusando os olhos de Galileu, mas seus desenhos enterravam o cosmos
perfeito de Ptolomeu.
Kepler e Newton por
sua vez lhe puseram bridias:
- Johannes
Kepler descobriu que a Lua seguia elipses,
não círculos perfeitos
- Isaac
Newton mostrou que ela era uma
pedra gigante presa por gravidade como uma maça
- Para
os cientistas, a Lua agora era um relógio celestial
Os Últimos Magos Lunares: astrônomos que ainda liam o Céu como um Livro de Magia
- John
Dee, astrólogo da rainha Elizabeth I, usava a Lua
para:
- Prever
o destino da Inglaterra
- Conversar
com anjos (em noites de Lua Cheia)
- Seu
livro "De Heptarchia Mystica" misturava cálculos
orbitais com invocações
Paradoxal
Enquanto Galileu media crateras:
- Camponeses plantavam pelas fases da Lua
- Reis ainda consultavam horóscopos lunares
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