sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nenhuma Resposta!


Ontem estive na livraria procurando um autor novo. Não que eu esteja cansada dos velhos companheiros, mas queria ouvir novas idéias, parecidas ou discordantes das minhas nos temas que me interessam. Obviamente não li tudo que existe por aí, mas estava em busca de alguma novidade ou velhidade desconhecida.

Claro que existem limites para novidade, pois alguns assuntos eu simplesmente não consigo nem começar. As pessoas podem achar que eu desprezo o tema, mas não é nada disso, cada um gosta do que gosta e portanto gasta seu dinheiro com aquilo que lhe faz bem. Simples!

Retomando... Os rapazes da livraria, sempre solícitos, estavam me apresentando autores e temas, e um livro me interessou, explico de antemão que títulos enganam e o 11º Mandamento não tem nada de religioso, mas naquela momento perguntei pela religião do autor. Por quê fiz isso? Porque prefiro livros onde o autor não tome partido religioso. A religiosidade é muito parcial e sempre causa comoção.

Como sou falante, acabei por dizer exatamente isto pros rapazes e um pouco mais. Eu disse não ser cristã, judia, muçulmana, budista ou qualquer outra coisa que o valha. Nesse momento um cliente interveio e disse admirar minha atitude, pois ele era ateu e não via as pessoas serem tão objetivas em público quanto eu. Vale aqui comentar que o ser era muito simpático e que espero vê-lo mais vezes por lá...

Creio que ele acreditava que eu sou ateia! Mas isso não é verdade, eu sou Ignóstica e isto é uma posição teológica. Eu não vou dizer que sou teísta ou ateísta, sem antes definir deus, e na minha opinião, estamos muito longe de uma definição consensual.

Definir deus é tão difícil que até esta simples frase corre o risco de ser mal interpretada e tomada como uma ofensa. Mas entendo que hoje, qualquer afirmação que se faça é impossível de verificar, e invariavelmente é forjada a ferro e fogo pelos seus defensores, e pode se tornar estopim para todo tipo de desentendimento.

Aí fiquei pensando que a palavra deus se tornou um adjetivo carregado de qualidades... Veja bem, quando uma cristã diz: Aquele cara é um deus greco, está subentendido que falamos do deus Apolo. Mas espere, ela não era cristã? Sim, só que a imagem atribuída ao deus cristão é de um senhor idoso barbado e que não desperta desejo sexual em ninguém. Ok alguém pode me chamar de herege por causa disso, mas prefiro Apolo, melhor ainda, quem me conhece sabe que prefiro Ares!

A propósito, comprei O Espantalho!

......................................................Livia Ulian

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