quinta-feira, 21 de junho de 2012

O Oito Deitado...

As pessoas se baseiam em alguém para guiar suas vidas, seja seu pai, sua mãe ou qualquer outro exemplo que lhe seja familiar. Mas em algum momento dessa existência, aqui neste canto do universo, foi dito que nós somos fruto do meio. Não bastam mais as relações mantidas dentro de casa com aqueles que deveriam ter seu próprio sangue, existem também aqueles com os quais convivemos, seja na escola, na rua ou no trabalho.

Isso é uma verdade, não muito apreciada, porque a aceitação deste fato, me obriga a perder o controle sobre minhas atitudes, afinal eu tenho consciência de que me tornei, ou pelo menos tentei ser, o que vi de bom no meu pai, o oposto daquilo que vi de ruim na minha mãe, tudo que achei bonito fora de casa e aquilo que escolhi imaginar.

Claro que a minha imaginação transformou minha maneira de ver o mundo e as pessoas, ou talvez, tudo isso tenha sido modelado para eu poder enxergar o universo da forma como o faço. Em verdade isso não faz a menor diferença, pois minha mente dá voltas enormes em todas as dimensões e une os pontos como se houvesse lógica, como se as coisas realmente fossem feitas da mesma matéria e que a energia fosse só um estágio.

Quando criança passava horas imaginando coisas, um exercício delicioso aprendido com a boneca de pano tagarela do Monteiro Lobato. Depois de adulta, não perdi o costume e deixo que as imagens se formem diante de meus olhos, brilhantes como em um filme do George Lucas, densas como Blade Runner e com trilha sonora do Paul Williams (não do Swan!).

Conforme fui crescendo a trilha sonora foi se aperfeiçoando, ela saiu das músicas “da moda” e passou pros meus clássicos pessoais, aqueles que me fazem ir da mais pura felicidade ao fundo do poço em um acorde. A música muda meu humor e não importa pra que lado ele se dirija, prefiro que seja com Rock!

O filme “A Knight´s Tale”, apesar de ambientado na Idade Média tem trilha sonora de Roqueira. Tudo bem, confesso que assisti ao filme inicialmente por causa do James Purefoy, mas a cena de dança de salão ao som de "Golden Years" do David Bowie, é o exemplo perfeito da adaptabilidade do rock a todo e qualquer momento da existência do ser humano. Tem algo universalmente atemporal no rock’n roll, ele seduz! E o que dizer então da voz do Bowie?!

Mas não precisa ter imagem, ouvir um violoncelo no período pós Apocalyptica é muito diferente de Bach e Zappa sabe o quanto eu gosto de cello, é um instrumento esplendido! Já o violino é um exemplo de instrumento sentimental, com ele você vai conhecer Hades, e nesse momento escolha se prefere ouvir "As Quatro Estações" de Vivaldi ou "The Kill" do 30 Seconds to Mars... Lindo né! Ok, o Jared Leto é perfeito (não, é quase!)

Irrealidades a parte, imagem é som, e este tem movimento, que muda o sentido das coisas, aumentando o número de cordas desse Universo.

.........................................................£ivia Ulian
Obs.: meu instrumento é o piano, pois é mais difícil de levar na barca!

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